Pengo Escreveu:
DoMovin Escreveu:
Votei Fuglsang. A votação é algo estranha porque são dois ciclistas que poderiam fazer melhor caso liderassem as suas equipas.
O Noé foi um excelente ciclista e tem resultados de relevo no Giro, mas numa altura em que a participação na prova italiana era bastante menos forte do que é actualmente. É certo que o Fuglsang é muito irregular, mas ao melhor nível acredito que é comparativamente mais capacitado do que o italiano.
Participação menos forte do que é agora??? Os italianos do tempo do Andréa Noé eram muito melhores do que os de agora...para a geral de provas como o Giro tens o Fabio Aru, Vincenzo Nibali e pouco mais..dantes...bem dantes tinhas:
(...)
Sim, participação menos forte, principalmente no topo. Não percebo essa lista. Os bons resultados do Noé no Giro foram em 2000, 2001 e 2003 (tem um 11º lugar em 1997, o que apesar de ser razoável não é nada do outro mundo) e 90% dos ciclistas que estão aí nessa altura já estavam retirados, no ocaso da carreira ou nem sequer participaram nessas edições.
Os últimos três Giros foram ganhos por Nibali, Contador e Quintana sendo que em todos eles, os ciclistas que os acompanharam no pódio fizeram pódio em pelo menos mais um GT, tirando o Landa em 2015. As 3 grandes participações do Noé no Giro foram ganhas por Simoni e Garzelli, que nunca fizeram nada fora do Giro (e são por isso incomparáveis ao Aru e, principalmente ao Nibali).
Em 2000 o Giro foi discutido entre o Garzelli e o Casagrande, que nunca estiveram sequer perto de ganhar outra prova de 3 semanas (o Garzelli foi 2º em 2003, mas a uma margem gigantesca do vencedor). O Top-10 até é mais ou menos bom, mas o nível no topo não era nem de perto nem de longe tão bom como agora.
Em 2001 nem vale a pena falar, porque deve ter sido dos GT's com menos nível do séc. XXI. O Abraham Olano a partir de 2000 (quando começou a entrar em claro declínio) apresenta os seguintes resultados em GT's: 34º;19º; 2º; 64º; 78º. Não é preciso dizer que esse 2º lugar foi no Giro de 2001, que também teve como 3º o Unai Osa, que era tudo menos um grande voltista (e sim, eu sei que esse 2º lugar do Olano só aconteceu porque a etapa rainha foi anulada, mas mesmo que caísse alguns lugares seria na mesma o melhor resultado dele de longe no séc. XXI). 2003 dou de barato, porque deve ter sido o Giro dessa altura que teve melhor participação.
Ou seja, os bons resultados do Noé foram em Giros dominados por ciclistas que nunca fizeram nada fora do Giro (com uma ou outra excepção, naturalmente), porque no início dos anos 2000 a prova italiana tinha um plantel essencialmente marcado por italianos (ou de equipas italianas), sendo que as únicas intromissões na luta eram por parte de ciclistas que já estavam na fase descendente da carreira e sabiam que não conseguiam nada nos outros GT's (e.g. Olano, Buenahora).
Esta tendência manteve-se sensivelmente até 2007, com uns anos piores e outros melhores, mas geralmente na mesma linha. A partir de 2008 o nível de participação do Giro aumentou bastante, voltando ao nível dos anos 90 (onde aí sim a participação era bastante boa), com a participação de ciclistas estrangeiros de grande nomeada, incluindo antigos vencedores do Tour, algo impensável no início dos anos 2000. Se o Cadel Evans de 2014 tivesse sido metido no Giro do 2º lugar do Olano, por exemplo, não tenho grandes dúvidas que ficaria no pódio, tal como o espanhol fez
